DIA INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE HUMANA (20 de Dezembro)

DIA INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE HUMANA

 

Ao abrigo de uma causa meritória e sublime, por feliz deliberação da ONU de 2005, foi instituído que todos os anos, no dia 20 de Dezembro, fosse celebrado o Dia Internacional da Solidariedade Humana.

Nada mais pertinente e oportuno nestes tempos, cada vez mais indiferentes aos gritantes problemas sociais existentes, em que o materialismo, desumano, feroz e desenfreado, parece sobrepor-se, de forma assaz surpreendente, sem quaisquer contemplações.

Coabitamos um mundo cada vez mais distante e desigual, pelo que há que, urgentemente, abanar as consciências adormecidas, ao nível global, para a necessidade de uma urgente mobilização de esforços em torno do alcance de novos objectivos humanos, portadores que sejam de uma renovada esperança na construção de um mundo melhor e mais solidário.

Diria que as sociedades modernas, alienadas que estão em prol da conquista desenfreada dos bens materiais e do poder, parecem esquecer-se da sua efémera condição existencial, e da sua própria natureza transitória, bem como daqueles que, quase ao nosso lado, sofrem impotentes, e de forma injusta,  das mais terríveis privações e insuficiências.

Bom seria que o significado deste dia tivesse o alcance, a dimensão e o eco que, claramente, lhe estão subjacentes, pelo que importava que houvesse uma forte e decidida mobilização de meios, aos mais diversos níveis, capazes de lhes dar a força, o músculo e as convicções de que carece.

Doutro modo, apesar da sua importância reconhecida, e de todas as interrogações afectivas que suscita, tudo ficará ingloriamente pelo caminho, como, aliás, tem acontecido com tantas iniciativas relevantes conhecidas que, apesar do seu impacto, se perderam por falta de empenhamento e suficiente força mobilizadora.

O Mundo começa a gritar ensurdecedoramente pela necessidade de uma MUDANÇA urgente, por mais fraternidade, por novos paradigmas de sociedade, por mais humanismo… porquanto este modelo em que coexistimos parece manifestamente esgotado e sem grande futuro.

A Humanidade está a viver uma crise sem precedentes, não apenas sanitária, de contornos indefinidos, mas sobretudo de valores, capazes de combater, ou erradicar, a pobreza, no contexto de todas as suas vertentes, com vista a um equilibrado desenvolvimento mais harmonioso e sustentável.

Os Governos, com todas as suas responsabilidades pela vida e felicidade dos Povos, não se podem eximir às suas responsabilidades, pelo que se lhes pede que exerçam com sabedoria e bom senso as suas competências, não apenas no âmbito dos seus compromissos mais restritos, mas também de forma mais global, nos domínios de acordos internacionais, onde possa ser fomentada a força da cooperação como melhor forma de se combaterem tantas desigualdades sociais.

Infelizmente os sinais que nos chegam não são os mais risonhos, mormente quando constatamos que as preocupações economicistas, não raras vezes, são priorizadas em desfavor da saúde e do bem-estar das comunidades, como por exemplo tem acontecido no contexto das questões ambientais que, lamentavelmente, estão a condenar a vida mais saudável do nosso planeta.

Em suma, estamos perante desafios que nos cumpre enfrentar com firmeza e determinação, pelo que todos somos chamados a participar neste movimento, pois só todos em perfeita conjugação de esforços, liderados pelos discernimento, que tanto tem tardado, dos líderes mundiais, conseguiremos construir um MUNDO MELHOR.

Um Mundo que seja de TODOS, onde A SOLIDARIEDADE HUMANA não seja apenas uma simples e vã palavra!

 

Graciela Pinheiro
Voluntária da Ser Mais Valia