Ponto alto de chegada e um bom lugar de partida
Foi um grande Encontro, dizem-no os jovens escritores africanos que participaram, dizem-no os outros participantes e reconhecem-no os organizadores.
Os jovens escritores foram, como deve ser, os principais protagonistas, embora não os únicos. Os seus textos estiveram em destaque, quer decorrentes de iniciativas do EscritAfricando, quer a estas alheios.
De realçar a apresentação de livros de duas jovens escritoras, por sinal ambas de S. Tomé, Mirian de Deus e Romana Brandão, bem como Júlio Mário Siga, este da Guiné-Bissau, que trouxe algumas conclusões do seu estudo sobre a literatura do seu país e o seu lugar no ensino oficial guineense.
E foi ainda apresentado o pequeno mas bem conseguido livro com os textos dos jovens escritores que aproveitaram o Prémio EscritAfricando 2021. Manhã cheia e em cheio!
Da parte da tarde, foram sobretudo vozes de mestres seniores da escrita, Inocência Mata, Tony Tcheca e Orlando Piedade, a falarem aos mais novos das dificuldades da caminhada no mundo da escrita literária. Como cereja em cima do bolo, foi anunciada a segunda edição do Prémio EscritAfricando, este ano aberto a jovens residentes nos PALOP, cujo prazo decorre até 31 de dezembro.
A fechar, um tocador de kora, guineense, fez vibrar a sala com a arte popular, música e canto.
O 2º Encontro, a 1 de Outubro, em Lisboa, foi, mais uma vez, isso mesmo, encontro, ponto de chegada e de partida, motivação… e, em resultado, vontades reforçadas de dar à escrita literária o papel que querem que ela tenha nas suas vidas.
O livrinho editado, EscritAfricando 21, está aí disponível para quem não quiser perder este documento histórico e, sobretudo, quiser ir acompanhando a voz literária destes jovens.
O 3º Encontro, como não podia deixar de ser, já está em andamento. Mas como no primeiro ano do projeto (20221-22), até lá muita coisa vai ainda acontecer.
José Alves Jana
Voluntário da SMV
