Hospital de Cumura – Missão de uma gestora

Dulce Gomes, com Teresa Machado, encontra-se na Guiné-Bissau, em missão nos Hospital de Cumura. Tal como Teresa Machado faz aqui, também ela nos dá nota do seu trabalho ali e do sentido que dá ao seu voluntariado.

 É pela segunda vez que me encontro na Guiné-Bissau para mais uma missão no Hospital “Mal de Hansen”, em Cumura [nos arredores de Bissau], um dos Hospitais de referência na Guiné-Bissau. É, também, com prazer que represento a nossa Associação “Ser Mais Valia”, a qual já se tornou conhecida e amiga das Gentes da Guiné-Bissau.

A minha participação neste Hospital tem-se desenvolvido no apoio à área da Gestão e Organização Administrativa. Nesta área há muito a caminhar, tanto a nível de coordenação, organização, logística, como a nível financeiro, entre outras.

Se a Saúde a nível mundial já é um problema, mesmo até para os países desenvolvidos, aqui muito mais se equaciona a sua viabilidade e ou suficiência, dados os escassos bens de que dispõem e as fraquíssimas condições económico-sociais existentes.

A nossa satisfação e realização no pouco, mas possível, que colaboramos traduz-se no que deixamos e no bom acolhimento de todos, o mostrarem querer aprender, mesmo que seja ao seu ritmo, e pelo respeito, simpatia e a forma amável como somos acolhidos.

Nesta Terra onde sobrevive um Povo que os deuses parecem ter esquecido, que desencoraja os viajantes, pois são tantas as carências e aflições que fazem denotar a decadência em que estas Gentes se vão “afogando”.

Mas a Guiné-Bissau é terra de gente dura e com esperança. E, citando Camões direi:

“Tudo vale a pena se a Alma não é pequena” e é por isso que cá andamos, por estas Grandes Almas.

Dulce Gomes