Hospital de Cumura – missão de uma farmacêutica

As voluntárias da Ser Mais Valia, Teresa Machado e Dulce Gomes, encontram-se em missão no Hospital de Cumura, na Guiné-Bissau. O grande objectivo desta missão é dar continuidade ao trabalho iniciado em 2018 – a resolução de problemas relacionados com a organização dos serviços e gestão de recursos para a melhoria da qualidade de resposta aos utentes desta Unidade Hospitalar. Teresa Machado dá-nos um pequeno testemunho da nossa missão no Hospital Cumura.

Quanto aos imprevistos, não têm sido razão de qualquer insucesso na minha missão… pelo menos no meu ponto de vista. São culturas diferentes, muitas dificuldades de toda a índole e mesmo assim algum caminho já foi percorrido. Vê-se que querem melhorar a qualidade de vida das populações… mas com o seu próprio ritmo e os ocidentais terão de respeitar. Aqui vai o que posso retirar destas duas semanas em Cumura.

Numa avaliação preliminar de todo processo de manuseamento do medicamento constatei  que o tratamento a que é sujeito o medicamento tem alguma margem para melhoria. Em todas as abordagens ao pessoal envolvido no circuito do medicamento em ambiente hospitalar (farmacêutico / enfermeiros / médicos) fiz passar a mensagem: o doente é a prioridade do Hospital – então para tratarmos bem o nosso doente, temos de tratar bem o medicamento.

O medicamento serve para melhorar a qualidade de vida. Mas para isso precisamos de respeitar alguns princípios desde a recepção, à conservação e ao manuseamento do medicamento em geral. Só assim é mantida a qualidade, a eficácia e a segurança do medicamento no momento da utilização.

O pessoal do Hospital de Cumura, ao ser sensibilizado para algumas medidas a implementar, mostraram-se abertos à mudança e de imediato corrigiram. Estas 2 semanas serviram para constatar como, com tantas carências, se pode ter um sorriso seja na criança ou no adulto muito especialmente em ambiente hospitalar.

Os meus cumprimentos

Teresa Machado