Quando, em 2015, os líderes de 193 países assinaram na ONU, a 27 de Setembro, a declaração “Tranformando o nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, estávamos a dar um grande passo em frente. E estávamos: 17 objetivos, 169 metas e 230 indicadores globais eram um sinal de esperança pelo compromisso assumido: em 2030, o Mundo seria melhor.
Contudo, basta olhar à nossa volta para verificar que essa esperança se encontra comprometida: “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, mudam-se as personagens, “muda-se a confiança”, e já nada parece vir a ser como se prometia.
Mas não há qualquer razão para nos descomprometermos – nós – com aquilo que continua a fazer todo o sentido. Em concreto, os 17 Objetivos do desenvolvimento sustentável:
1 – Erradicar a pobreza; 2 – Erradicar a fome; 3 – Saúde de qualidade; 4 – Educação de qualidade; 5 – Igualdade de género; 6 – Água potável e saneamento; 7 – Energias renováveis e acessíveis; 8 – Trabalho digno e crescimento económico; 9 – Indústria, inovação e infraestruturas; 10 – Reduzir as desigualdades; 11 – Cidades e comunidades sustentáveis; 12 – Produção e consumo sustentáveis; 13 – Ação climática; 14 – Proteger a vida marinha; 15 – Proteger a vida terrestre; 16 – Paz, justiça e instituições eficazes; 17 – Parcerias para a implementação dos objetivos.
Veja qual deles pode, em boa consciência, descartar. E se houver algum, ainda ficam os outros.
É justamente quando as coisas ficam mais escuras que é mais necessário pelo menos acender uma candeia. É quando as políticas em curso distorcem os objetivos desejáveis que mais urgente se torna a cidadania.
Os nossos filhos e netos esperam de nós uma ação decisiva. E os filhos e netos dos mais pobres e frágeis do mundo dependem ainda mais daquilo que nós fizermos.
Quanto mais olhamos à volta, mais importante se torna a nossa ação individual, a ação das nossas organizações, a construção de parcerias para um mundo com lugar viável e digno para todas e cada uma das pessoas.
José Alves Jana