QUEM SOMOS, O QUE FAZEMOS – ANTONIO CAMPOS

Antonio Acciaioli Campos é madeirense, mas veio cedo para Lisboa, pois a Ilha da Madeira era pequena demais para a sua visão do mundo. Estudou engenharia e trabalhou mais de 30 anos nos Correios de Portugal como diretor da Distribuição, do Tratamento e da Qualidade, e antes disso em empresas especializadas em Energia Solar e Bombagem e Aspersão. Esteve envolvido na conceção e no nascimento do projeto escritAfricando bem como na organização do primeiro encontro de escritores. Recentemente participou, de uma forma ativa, na organização do Encontro Nacional de Voluntários SMV. E fê-lo com prazer. Fomos falar com ele.

GC – Na tua opinião, como decorreu a organização do Encontro de Voluntários da SMV?

Primeiro e antes de tudo, houve a motivação, interesse e comprometimento por parte da Direção da SMV que, reconheço foi total na cumplicidade e na confiança que depositou na equipa organizadora.

Segundo, houve uma equipa organizadora que, no caso presente, foi maravilhosa, competente, profissional, disponível e empenhada. Foi um prazer trabalhar em conjunto com a Maria Cardim e com a Ana Boeyen Suspiro.

Terceiro e mais importante: parece-me que foi um encontro onde os voluntários se sentiram envolvidos, como parte importante duma ONG, cúmplices na procura de um futuro melhor e que tiveram prazer e orgulho em serem parte e importantes na SMV.

Assim sendo, parece-me que o modelo escolhido para o encontro correspondeu às expectativas de todas as partes envolvidas.

GC- Que outras atividades tens estado a desenvolver?

Quando me reformei… não sabendo estar desocupado, decidi que não deixaria de estar envolvido em muitas atividades onde me sentisse útil e com prazer. Disponibilizei-me como voluntário em várias ONG de entre as quais a SMV, estando sempre disponível para colaborar nas áreas em que me sinta competente, que tenha experiência… mas nas quais me sinta útil e feliz.

Durante toda a minha vida nunca deixei de estudar e, assim sendo, inscrevi-me num doutoramento em museologia, que não terminei por ter sido convidado, para gerir o Museu Amália Rodrigues, como administrador.

Ainda na área da museologia, tenho um programa na Rádio Amália, onde diariamente falo sobre um espaço museológico com o propósito de incentivar as pessoas a conhecerem e visitarem o nosso património. Deixo aqui duas sugestões: o Nucleo de Arte Contemporânea Laranjeira Santos, na Figueira da Foz; uma visita ao Palácio de Mafra para ver uma peça em especial numa nova rubrica que iniciei agora com a minha amiga e museóloga, Margarida Montenegro: um perfumador da época de D. José. Mandada fazer na Fábrica do Rato:

 

 

 

 

Por outro lado, escrevo sobre museus mensalmente numa publicação digital CARDUS muito bem dirigida pelo nosso colega voluntário, Edmundo Cardeira.

Em 2021, desafiei um conjunto de desenhadores do quotidiano, mais conhecidos como “Urban Sketchers” para que, com base num programa de Rádio que tinha sobre a Amália Rodrigues a efetuar uma exposição na Galeria “Casa da Avenida”, em Setúbal.

Neste ano de 2024 e no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril iremos reeditar o modelo com uma nova exposição, sendo que desta vez, será baseada no meu programa de rádio chamado “Sei de um Rio. Sei de um Museu”.

GC – Fala-nos um pouco mais sobre essa exposição. Onde e quando será?

O projeto consiste na seguinte metodologia: os “desenhadores do quotidiano” deslocam-se aos Museus para desenharem o que melhor entenderem e gostarem, baseados nesse programa de Rádio.

Cada um dos cerca de 20 artistas poderá apresentar mais do que um museu e os trabalhos serão expostos no último trimestre deste ano no belíssimo Museu da Farmácia em Lisboa que é dirigido pelo meu amigo, Dr. João Neto, que é simultaneamente o Presidente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

Todas estas iniciativas relacionadas com museus é o meu contributo para que a cultura seja uma parte importante no quotidiano dos portugueses.

GC – Outra das tuas grandes paixões é andar de mota. Conta-nos um pouco mais.

Desde há muitos anos que o meu meio de transporte preferido é andar de mota. Já fui a Marrocos cerca de 50 vezes e muitas delas como guia de amigos que me pedem para os levar até este belo país.

A minha opção por Marrocos é simples… fica aqui mesmo ao lado… saímos de manhã de Lisboa e ao fim do dia já estamos num outro país, num outro continente, num outro mundo, numa outra realidade.

Os meus amigos vão de mota, de carro, de avião… como quiserem… e eu organizo tudo: o percurso, as visitas culturais, a marcação de hotéis, os locais para as refeições… enfim… tudo e “como amigo” digo: venham atrás de mim… que eu não vos perco… e já foram mais de 100 viajantes que vieram comigo nesta aventura… e até um deles… é voluntário da SMV…

 

 

Ana B. Suspiro

Amiga SMV