4 Perguntas a… Paula Matos da Costa

1- Paula, esteve na Guiné-Bissau onde exerceu a função de Assessora de Cooperação junto da Embaixada de Portugal em projectos relacionados com os sectores da educação e cultura. Quer fazer-nos um resumo breve da sua missão?

Durante a minha missão na Guiné-Bissau acompanhei, sobretudo, os projetos nos setores da educação e cultura, o que significa propor novas intervenções, monitorizar os projetos em curso, garantir a devida visibilidade e comunicação do trabalho de Portugal na Guiné-Bissau e envolver as instituições nacionais enquanto parceiros, promovendo o reforço institucional. Portugal assume como eixos prioritários da nossa cooperação com a Guiné-Bissau a educação e a saúde, sendo estes alvo de grande investimento, o que significa também uma grande responsabilidade. No caso da educação, Portugal apoia o sistema educativo guineense em todos os níveis de ensino, com projetos a ser implementados em todas as regiões do país. Tenho muito orgulho no trabalho que desenvolvemos na Guiné-Bissau e acredito muito na diferença que ali fazemos.

2- Atendendo que permaneceu na Guiné entre 2018 e 2023, um período de tempo considerável, familiarizou-se com duas áreas fulcrais: educação e cultura. Qual destas áreas é a mais carente de apoio?

Eu diria que há imenso trabalho a fazer-se, mas talvez a Educação seja determinante porque uma sociedade sem educação também não valorizará a sua cultura. Na minha opinião, a aposta na Educação é a chave para o desenvolvimento.

3- Em que aspecto sentiu que a sua missão pode fazer a diferença?

Eu senti isso todos os dias. E senti isso com uma responsabilidade muito grande. Dei o meu melhor todos os dias, tentando que nenhuma oportunidade fosse perdida. No dia-a-dia, trabalhei para que pudéssemos fortalecer as relações entre os dois países e aproximar as pessoas e que os resultados dos projetos fossem sustentáveis.

4- Durante o seu período na Guiné estabeleceu contacto com a nossa associação Ser Mais Valia, que se encontrava lá em missão. Com que opinião ficou sobre a acção da S.M.V.?

Eu tive a sorte de contactar com a SMV quase desde que cheguei a Bissau. A cumplicidade que se criou foi instantânea, desde logo porque admiro muito o vosso trabalho, a vossa entrega ao projeto, um espírito de missão e amor ao que fazem, que verdadeiramente me inspiram. Nunca ouvi um não, sempre disponíveis para mais um desafio que propúnhamos. Por tudo isso, muito obrigada.

Paula Matos da Costa, Técnica Superior no Departamento de Internacionalização da Câmara Municipal do Porto, fez um trabalho notável junto da população da Guiné- Bissau e, como a própria diz: tenho muito orgulho no trabalho que desenvolvemos e acredito muito na diferença que ali fizemos.

Dotada de uma empatia natural não deixou ninguém indiferente e estabeleceu laços com quem trabalhou directamente e com as ONGS no terreno.

Ficou amiga da S.M.V.

 

Isabel Amorim

Voluntária SMV